O Estado de Santa Catarina deve ter um porcentual maior de migração de áreas de milho para a soja na safra 2017/2018. Estimativas divulgadas nesta quarta-feira (20/9) pela Secretaria Estadual da Agricultura e da Pesca apontam para um crescimento de 6% no terreno com a oleaginosa, que deve chegar a 706 mil hectares, enquanto o do cereal deve cair 12%, para 318 mil hectares.
O comparativo de rentabilidade entre as duas culturas pesou na decisão do produtor, acreditam as autoridades do Estado. Não foi uma surpresa, garante o secretário de Agricultura, Moacir Sopelsa. O custo mais alto e a forte queda no preço do milho levaram o agricultor a optar pela soja no próximo plantio.
A produção da oleaginosa deve chegar a 2,5 milhões de toneladas na colheita de 2017/2018. A do cereal deve ser de 2,6 milhões de toneladas, queda de 16,5%, de acordo com comunicado do governo catarinense.
Moacir Sopelsa pontua que a expectativa de menor produção de milho é fator de preocupação para a cadeia produtiva da proteína animal em Santa Catarina. “Temos que pensar em alternativas. Encontrar rotas alternativas para que o milho chegue com preço mais competitivo”, diz ele, no comunicado.
Ainda de acordo com o governo de Santa Catarina, a área plantada de arroz irrigado deve ser de 148 mil hectares. A safra deve girar em torno de 1,1 milhão de toneladas. No feijão, a área de 1ª safra deve aumentar 2% e fechar em 46 mil hectares. A expectativa de produção é de 96 mil toneladas.