A família Berkembrock, liderada pelo casal de associados Cravil Jair e Carmelita, produtores de leite na comunidade de Santa Luzia, em Rio do Oeste, está vivendo uma nova era na propriedade, com robôs assumindo a ordenha do rebanho. Na verdade, o sistema robotizado é muito mais complexo que isso, ele organiza, gerencia e acompanha o desenvolvimento das vacas em lactação. “Se a gente pensa como era antigamente... hoje temos aqui muito mais dados, conseguimos planejar melhor, ver a vaca que está te dando resultado e avaliar aquela que não está, é uma gestão bem mais completa da propriedade”, destacou Jair.

 

Além de oferecer dados importantes para os produtores na gestão da propriedade, o robô dá mais liberdade e bem-estar aos animais. “É um robô de fluxo livre, então a vaca vem quando ela quer, ela vem ordenhar quando ela sente vontade, vai comer quando sente vontade e fica totalmente livre pra fazer o que ela quiser”, acrescenta o produtor que, junto com a esposa, acompanha a rotina de cada animal pela tela do computador.

 

O início do trabalho na propriedade Berkembrock foi com leite a base de pasto, mas com o crescimento da atividade, veio a necessidade do confinamento e adequação do sistema para o Compost Barn. Atualmente com um rebanho de 350 animais, 135 em lactação, o trabalho na propriedade era intenso para manter a rotina de ordenha, que já ocorria três vezes ao dia. “Pra nós a vida mudou, não precisamos acordar mais tão cedo (antes o trabalho começava às 4h), enfim a nossa rotina mudou totalmente. O serviço continua, mas agora com mais tempo para se dedicar às terneiras, novilhas e a propriedade de maneira geral”, contou Carmelita.

 

Segundo a produtora, até as vacas ficaram mais mansas com a nova rotina. “É claro que para chegar até aqui, como estamos hoje, fizemos um processo de transição, então não é tão simples, mas nos ajudou muito e beneficiou também os animais que estão mais dóceis”. Os dois robôs foram instalados em dezembro de 2022 e os primeiros 60 dias foram de testes, adaptações até a transição total do sistema de ordenha.

 

Qualidade de vida e aumento da produção

 

O sistema de ordenha robotizada está trazendo mais qualidade de vida para a família Berkembrock da Santa Luzia, em Rio do Oeste. Além disso, o potencial produtivo dos animais tem evoluído com a possibilidade de serem ordenhadas mais vezes ao dia e com um acompanhamento personalizado de saúde e nutrição. “Nossa média diária de produtividade por vaca está em 34 litros, produzindo um total de 4,5 mil litros de leite por dia. Percebemos um aumento de até 2 litros/dia por animal com essa nova ordenha”, ressaltou o Jair.

 

O médico veterinário da Cravil, Pedro Ernesto Dalpizzol, que faz acompanhamento na propriedade, comenta que o trabalho conjunto entre qualidade na dieta, proporcionada por uma ração desenvolvida especificamente para a propriedade, pensando no histórico e perspectivas dos animais, influencia diretamente na saúde e isso resulta no aumento de produtividade. “Uma ração

vai no robô, que é uma ração bem mais atrativa para chamar a vaca para ser ordenhada, uma fórmula basicamente energética, como a gente diz. E tem um outro tipo de ração que vai na pista, que contém os minerais e a parte proteica da dieta”.

 

Com a dieta equilibrada e manejo reprodutivo alinhado, além de produção a propriedade ganha também em qualidade do leite produzido.

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